sexta-feira, 14 de maio de 2010

Cursista Trabalhando...

Os alunos da professora Tânia Cristina foram desafiados a montar uma lista de brincadeiras, utilizando o alfabeto móvel.
Montavam palavras...

e escreviam numa folha.

Parabéns Professora Tânia!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mostra de trabalhos de Cursista

A cursista Cleia está dando um show no Clube de Leitura da E.M. Maria Isabel, em Mesquita.
Estas são algumas amostras de seu trabalho. 
Parabéns, Cleia!

Atividade de Leitura da Capa de um Livro

A profª Marcia Orsolon realizou a atividade de Leitura da capa de um livro com seus alunos.  O resultado, além do encantamento foi a produção de um texto com base nas imagens da capa.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Faz sentido oferecer textos a estudantes não-alfabetizados?



Canções, poesias e parlendas são úteis para se chegar à incrível mágica de fazer a criança ler sem saber ler. Quando ela decora uma cantiga, pode acompanhar com o dedinho as letras que formam as estrofes. Conhecendo o que está escrito, resta descobrir como isso foi feito. Se o aluno sabe que o título é Atirei o Pau no Gato, ele tenta ler e verificar o que está escrito com base no que sabe sobre as letras e as palavras - sempre acompanhado pelo professor. O leitor eficiente só inicia a leitura depois de observar o texto, sua forma, seu portador (revista, jornal, livro etc.) e as figuras que o acompanham e imaginar o tema. Pense que você nunca viu um jornal em alemão. Mesmo sem saber decifrar as palavras, é possível "ler". Se há uma foto de dois carros batidos, por exemplo, deduz-se que a reportagem é sobre um acidente. Ao mostrar vários gêneros, você permite à criança conhecer os aspectos de cada um e as pistas que trazem sobre o conteúdo. Assim, ela é capaz de antecipar o que virá no texto, contribuindo para a qualidade da leitura.

Fonte: Revista Nova Escola - Março/2003

O Sapo não lava o pé

Pintinho Amarelinho

Borboletinha

A Baratinha

Músicas para sala de aula

Ciranda da Bailarina

Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem

Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida
Ela não tem

Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem

Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem

O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem, todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem
Procurando bem
Todo mundo tem…

( Ciranda da Bailarina - Edu Lobo – Chico Buarque

O CADERNO

Uma vez eu estava conversando com amigos e a conversa chegou naquele estágio em que só há duas opções: ou ir para casa dormir ou cair na bobagem. Caímos na bobagem. Afinal é para isso que servem os amigos. Depois de nos propormos vários desafios do tipo “quem era que melhor gritava de pavor no cinema?” (a Barbara Stanwyck ganhou fácil), chegamos a uma daquelas questões definitivas e definidoras. Qual é a melhor sensação do mundo? As respostas variaram, desde “banho quente” até “acordar cedo, começar a sair da cama e então lembrar que é feriado”, passando, claro, por outras menos publicáveis. Mas aí um amigo disse duas palavras que liquidaram a questão. – Caderno novo. Todos concordaram. Não foi preciso nem entrar em detalhe, dizer “a sensação de abrir um caderno novo, no primeiro dia de escola, e alisar com a ponta dos dedos a página vazia, sentindo o volume de todas as páginas vazias por trás dela, aquele mundo de coisas ainda não escritas…E o cheiro do caderno!” Não houve um que não concordasse que nenhuma sensação do mundo se igualava àquela. Caderno novo também nos provocava uma certa solenidade, lembra? Diante de sua limpeza, fazíamos um juramento silencioso que aquele ano seríamos alunos perfeitos. E realmente caprichávamos ao preencher o caderno novo com cuidado respeitoso. Pelo menos até a quarta ou quinta página, quando então voltávamos a ser os mesmos relaxados do ano anterior. Mesmo porque aí o caderno não era mais novo.

Luis Fernando Veríssimo